Orientações para pacientes em preparo para cirurgia endoscópica de Cálculos Renais (pedras nos rins)
27/03/2023
Orientações para pacientes em preparo para cirurgia endoscópica de Cálculos Renais (pedras nos rins)

Como é a cirurgia? Um guia para os pacientes

 

Antes da Cirurgia – No dia da Cirurgia

O paciente deve fazer jejum de 8hs sem alimentar-se mas pode fazer uso de água, água de coco e gatorade até 4hs antes da cirurgia.

Importante: leite e derivados só pode ser ingeridos até 8h antes da cirurgia. 

Ele também deve levar todos os documentos pré operatórios para o hospital que normalmente consistem em:

  • Exames de sangue e urina pré operatórios;
  • Exames de imagem (Ultra sonografia, Tomografia, Ressonância Magnética, etc). Importante levar também as fotos impressas dos exames de imagem quando as mesmas estiverem disponíveis;
  • Avaliação Cardiológica de Risco Cirúrgico;
  • Avaliação  Pré  Anestésica 

 

No Hospital:

O paciente dá entrada no setor de internação do Hospital em que for realizar a cirurgia, preenche os papéis para a internação, são conferidas as autorizações necessárias (pacotes particulares ou  autorização do convênio) e é então encaminhado ao Bloco Cirúrgico.

 

No bloco cirúrgico:

No setor o paciente recebe as roupas para serem usadas no bloco cirúrgico e após vesti las vai para a sala de espera onde normalmente fica com outros pacientes esperando a liberação da sala onde realizara sua cirurgia. 

 

Na sala de cirurgia:

No bloco cirúrgico o paciente é recepcionado pelo(a) técnica de enfermagem que fica na sala de cirurgia.

A partir daí o Anestesista conversa um pouco com o paciente e confere os resultados de exames e os papéis da avaliação pré anestésica.

É puncionada uma veia para a administração de medicamentos e realizada a colocação de aparelhos para medir a pressão e acompanhar os batimentos cardíacos. Para a realização da cirurgia o paciente pode receber Raquianestesia (nas costas) ou anestesia geral. Isso depende da avaliação do anestesista e do cirurgião sobre a melhor opção para cada paciente.

Em qualquer destes tipos de anestesia o paciente dorme e só acorda após o procedimento realizado. Normalmente ele não se lembra de nada da cirurgia por causa dos remédios administrados.

 

A cirurgia:

A cirurgia só e iniciada quando o paciente está devidamente anestesiado.

Durante a cirurgia o paciente é acompanhado o tempo todo pelo médico Anestesista, que fica a seu lado, monitorizando e administrando medicamentos. 

Um aparelho bem fino (Ureteroscopio) com uma câmera na ponta é passado pela uretra até chegar aos cálculos para que a cirurgia seja realizada.

Normalmente a cirurgia depende do tamanho, localização, dureza e do número de  cálculos que necessitam tratamento e o tempo médio de cirurgia é de cerca de 1-2 horas.

 

Logo após a cirurgia – Ainda no Bloco Cirúrgico:

Após o término do procedimento, em alguns casos pode ser colocada uma sonda dentro da bexiga que sai pela uretra e por onde vai sair a urina. Em outros casos não é necessário o uso de sonda e o paciente pode urinar normalmente. 

O paciente é então levado para a sala de recuperação pós anestésica onde ele continua monitorizado (pressão e batimentos cardíacos) e é também acompanhado por médicos e profissionais da enfermagem durante toda a sua permanência neste setor. 

É comum o paciente sentir algum desconforto na uretra e na bexiga por causa da manipulação local e também pode ter dor nas costas como uma cólica renal mais fraca. Na sala de recuperação pós anestésica é perguntado o tempo todo ao paciente se ele está sentindo dor e medicamentos analgésicos podem ser administrados para o controle dessa dor.

O paciente só é liberado dessa sala pelo Médico Anestesista quando os efeitos da anestesia (geral ou raqui) já passaram ou melhoraram bastante. Quando chega este momento o paciente é levado para o quarto. 

 

Após a cirurgia – No quarto do Hospital:

No quarto o paciente deve ficar de repouso nas primeiras horas, principalmente se estiver em uso de sonda para a urina. Deve tomar cuidado também com a veia que foi puncionada para administração de medicamentos.

Quando o paciente estiver se sentindo bem ele pode levantar da cama (com a ajuda de um responsável), inclusive para utilizar o banheiro. 

Nas primeiras micções normalmente a urina está mais vermelha e pode conter alguns coágulos. É normal sentir ardência no canal urinário nas primeiras vezes que for urinar. 

Outro incômodo comum é causado pelo uso do cateter duplo J que provoca um refluxo da urina para o rim todas as vezes que o paciente vai urinar. 

Geralmente estes incômodos duram cerca de 3 dias e vão melhorando progressivamente. Alguns pacientes experimentam desconforto que dura até a retirada do duplo J.

Cateter duplo J com extremidade no interior do rim e na bexiga

 

No momento da alta

O paciente após cirurgias endoscópicas para cálculos do trato urinário normalmente recebem alta no dia da cirurgia ou no dia seguinte. Isso depende do horário em que foi realizada a cirurgia e de dificuldades encontradas durante a mesma. 

No momento da alta o paciente recebe a receita com os medicamentos que ele deve fazer uso em casa e é orientado sobre a marcação do retorno pós operatório.

Ele também recebe por escrito todas as orientações que deve seguir para um pós operatório tranquilo.

O tempo de uso do duplo J também será informado ao paciente e depende do tipo de cirurgia realizada. Para cirurgias de cálculos ureterais ou renais normalmente o duplo J permanece no paciente por cerca de 14 dias mas este período pode ser variável. Só seu Médico  poderá  lhe informar adequadamente por quanto tempo será necessário o uso do cateter duplo J. 

 

Orientações para pacientes em pós operatório de Cirurgia Endoscópica para Cálculos do Trato Urinário

  1. Alimentação leve nos primeiros dias de pós-operatório, até o retorno no consultório.
  2. Ingerir bastante líquido (água, sucos, chás, refrigerantes). Cerca de 2 a 3 litros por dia. Evitar bebidas alcoólicas.
  3. Evitar pegar peso até liberação médica.
  4. O (a) paciente pode andar normalmente por pequenas distâncias mas recomenda-se não realizar grandes caminhadas.
  5. Desde que encontre-se confortável o (a) paciente pode dirigir a partir do dia seguinte à cirurgia.
  6. Fazer uso da medicação prescrita conforme receita médica.
  7. Evitar relações sexuais por 01 semana.
  8. A urina vai permanecer com sangue até a retirada do cateter duplo J. Tal sangramento pode ir até de uma urina rosada até a urina bem avermelhada, com coloração vermelho clara ou vinhosa.
  9. O cateter duplo J deverá ser retirado em um período que depende do tipo de cirurgia, das dificuldades encontradas durante o procedimento e da necessidade de outros tratamentos para cálculos residuais. Seu médico vai te orientar sobre quanto tempo você  deverá permanecer com o mesmo.
  10. Devido ao uso do cateter duplo J é comum aos pacientes apresentarem dor ou desconforto nas costas quando a bexiga está muito cheia ou quando for urinar. Isso é devido ao refluxo que o mesmo proporciona. Tal desconforto pode também ser semelhante a ´´picadas´´ na bexiga quando se está terminando a micção. Para minimizar estes sintomas, recomenda-se que os pacientes não deixem a bexiga ficar muito cheia e ao urinar não façam força com a barriga, apenas deixem a urina sair, sem forçá-la.
  11. Entrar em contato em caso de febre, mal-estar ou sintomas que gerem dúvidas.
  12. Retornar imediatamente ao Pronto Socorro do Hospital onde foi operado se apresentar retenção urinária (urina presa) ou sangramento excessivo na urina, com coágulos, em qualquer período pós-operatório. Você será avaliado(a) pro um Colega Médico de plantão.
  13. O retorno de sua cirurgia ou a data para a retirada do duplo será marcado pelo seu Médico, no momento da alta ou pela secretária do mesmo logo nos primeiros dias após a cirurgia. 
  14. Se você deu entrada pelo Pronto Socorro do Hospital (em caso de cólica renal por exemplo, não se esqueça de pegar os exames de imagem realizados durante o atendimento de urgência (Ultra som, RX, Tomografia, etc) e levar novos exames (se houver solicitação) na consulta de retorno para ser programada a retirada do duplo J ou procedimentos posteriores. 
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